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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O AMOR FIEL DE DEUS


O profeta Oséias mostrou que Deus é misericordioso com o povo, neste estudo vemos o quanto o Senhor nosso Deus é fiel para com os homens, mesmo ainda sendo todos infiéis, mas “O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado ”. Naum 1:3".

INTRODUÇÃO

O profeta Oseias é o primeiro dos doze profetas que estaremos estudando durante este trimestre. Nesta lição, destacaremos importantes informações sobre o profeta, seu livro, o contexto em que foi levantado para profetizar, seus contemporâneos. Veremos ainda que Deus utilizou-se de um fato real, o casamento e a traição sofrida pelo profeta Oseias
por parte de sua esposa Gomer, para ilustrar a aliança e a infidelidade de Israel para com Ele; e que, apesar do cativeiro que sofreria como punição, seriam restaurados por causa do grande amor divino. Por fim, pontuaremos ensinamentos que servem também para a Igreja de Cristo.


I – INFORMAÇÕES SOBRE O PROFETA OSEIAS

1.1 Nome. O nome Oseias, do hebraico Hoshea significa “salvação”. Seu nome revela o propósito de Deus em levantá-lo como profeta, que é o de proporcionar salvação ou livramento a Israel (10 tribos do Norte), se ouvissem a voz divina e se
arrependessem de suas más obras (Os 6.1-3). Não se tem muitas informações acerca da genealogia deste profeta, a não ser aquilo que o próprio livro nos revela que ele era filho de Beeri (Os 1.1).

1.2 Livro. Seu livro encabeça a lista dos profetas Menores. Ele contém 14 capítulos e está dividido em duas partes principais. A primeira trata-se da biografia do profeta que retrata a história de seu povo, na sua geração (Os 1-3). A segunda parte trata do mesmo assunto de maneira mais ampla e detalhada. Ele é considerado “o livro do amor de Jeová” e contém profecias sobre a restauração de Israel, no fim dos tempos. Ele é citado por nome no Novo Testamento em (Rm 9.25,26) e o livro em outras partes, como a profecia messiânica (Os 11.1; Mt 2.15) e também uma frase que tornou-se adágio popular (Os 8.7).

1.3 Período que profetizou. Segundo alguns estudiosos seu ministério durou cerca de 40 anos. Isso parece ser confirmado pelo próprio texto sagrado (Os 1.1), pois, a soma dos anos desses quatro reis de Judá citados nessa passagem bíblica são de aproximadamente 113 anos, e Jeroboão II que reinou 40 anos, em Israel (II Rs 14.23) entre (793-753 a.C). Portanto, se Oseias começou seu ministério no final do reinado de Uzias e alcançou os primeiros anos de Ezequias, fica claro que que ele exerceu seu ministério por um tempo prolongado.

1.4 Contemporâneos. O profeta Oseias viveu na mesma época que os profetas Amós (Am 1.1), Miqueias (Mq 1.1) e Isaías (Is 1.1). Eles formaram o quarteto do período áureo da profecia hebraica, entre (790 e 695 a.C). Oseias e Amós eram profetas do Reino do Norte (Israel-Samaria), enquanto Miqueias e Isaías exerceram seu ministério no Reino do Sul (Judá- Jerusalém).


II – A SITUAÇÃO DE ISRAEL NO PERÍODO DE OSÉIAS
Como já vimos, Oseias dirigira sua mensagem ao Reino do Norte (Israel-Samaria), e talvez ele fosse cidadão de Israel e não de Judá, devido ao profundo sentimento e conhecimento concernente a Israel. Sua mensagem é repleta de referências a lugares e eventos que somente alguém que pertencesse a Israel conheceria (Os 6.8), ou daria atenção a eles (7.1; 8.5,6; 9.15; 10.5; 12.5,12; 14.1). Ele dirigiu-se quase que exclusivamente a Israel, a quem 37 vezes chama de Efraim (2.1,2; 4.1,15; 5.1,8; 6.1,4; 9.1,5,7; 10.9,12; 11.8; 12.9; 13.4, 9-13; 14.1,8) e demonstrou relativamente pouca preocupação para com o Reino do Sul (Judá-Jerusalém), exceto quando o advertiu a não imitar o exemplo de Israel (6.4,11). Mas, como se encontrava o Reino do Norte na época em que Deus levantou o profeta Oseias para ser o seu porta-voz?

2.1 Situação política. Nessa época, estava reinando sobre Israel Jeroboão II (793-753 a.C), filho de Jeoás que foi o quarto rei da dinastia de Jeú. Seu longo reinado sobre Israel (quarenta e um anos) recebeu uma atenção relativamente pequena nos registros de (2 Re 14.23-29).

2.2 Situação social. Jeroboão II liderou Israel num período de muita prosperidade. A Assíria havia enfraquecido a Síria, que dessa maneira não representava mais uma ameaça para Israel. Por isso, Jeroboão II teve liberdade para executar uma agressiva expansão do seu território, conforme profetizado por Jonas (2 Rs 14.25). O Senhor usou esse governante para salvar Israel de anos de dificuldades e problemas (II Rs 14.27).

2.3 Situação espiritual. Infelizmente, a prosperidade do reino de Jeroboão II levou a muitos males, pois este rei não apresentava qualquer devoção a Deus. Do ponto de vista religioso ou espiritual, Israel descera ao degrau mais baixo. Eis abaixo alguns pecados cometidos pela nação:

• Decadência do povo (Os 4.1);
• Total falta de misericórdia (Os 6.4-11);
• Depravação dos sacerdotes (Os 6.9);
• Afastamento do Senhor (Os 7.1);
• Indiferença e apatia espiritual (Os 7.8);
• Confiança em deuses falsos (Os 8.1).


III – A MENSAGEM DE DEUS ATRAVÉS DE OSEIAS
Já vimos na lição introdutória que a palavra profeta deriva-se do termo hebraico nabbi que significa “falar” ou “dizer”; e do termo grego prophete, que significa “falar de antemão”. Portanto, o profeta é um mensageiro de Deus (Êx 7.1; Hb 1.1).
Quando aplicamos esta realidade a vida do profeta Oseias, o vemos com um ministério distinto, pois, antes de verbalizar alguma mensagem por meio dele, usando a famosa frase: “Assim diz o Senhor”, o mesmo recebe a mensagem de Deus para ele “Disse, pois, o SENHOR a Oseias” (Os 1.2-a), ordenando-lhe a transmitir, a princípio, a mensagem para Israel com a sua própria vida (Os 1.2-b).

3.1 Oseias casa-se (Os 1.2,3). A Bíblia diz que Deus ordenou o profeta Oseias casar-se com uma mulher prostituta (Os 1.2). O profeta não questionou a Deus e casou-se com uma mulher chamada Gomer, filha de Diblaim (Os 2.3). Mas, após unir-se a ela, ele testemunha sua infidelidade, quando a viu sair da sua casa para envolver-se com seus amantes (Os 3.1).
Oseias havia sido avisado de que a deslealdade da sua esposa seria um exemplo vivo para o adultério (idolatria) cometido pelo Reino do Norte. Como podemos ver, uma das metáforas mais comuns para descrever o relacionamento de Deus com Israel é o casamento (Ez 16.6-14), e a infidelidade matrimonial por sua vez exemplifica a idolatria (Jz 8.27; Jr 3.8; Ez 23.5; Os 2.5). Com Gomer o profeta teve alguns filhos, cujos nomes e significados são proféticos, pois apontam para sentenças que Deus faria contra o povo de Israel. Confira:

O primeiro filho: Jezreel. Significa (Deus espalhará), chamou-se assim porque o juízo de Deus estava sobre a dinastia de Jeú, pelo massacre em Jezreel (II Rs 10.1-14). Embora Deus tivesse mandado cortar a dinastia de Acabe, Jeú extrapolou o limite (II Re 9.10,36; 10.6).

O segundo filho: Lo Ruama. Quer dizer (desfavorecida), pois o Senhor não amaria mais a Israel, isto é, não demonstraria mais o favor da aliança (Os 1.6);

O terceiro filho: Lo Ami. Seu significado é (não-meu-povo), pois os pecados de Israel o tinham removido desse relacionamento (Os 1.9).

3.2 Oseias é traído (Os 2.2-13). Uma tragédia aconteceu no casamento de Oseias. Sua esposa o deixou e voltou a prostituir-se (Os 2.1-5). O tema central da mensagem deste profeta é a infidelidade de Israel à aliança, descrita como adultério (Os 4.10; 9.1). A reação humana normal a tal infidelidade é o divórcio, uma medida sancionada pela própria Lei, por ser uma transgressão tão séria (Dt 24.1-4; Mt 19.7-9). O rompimento da aliança no casamento do profeta com Gomer, retrata a quebra da aliança de Israel com Jeová por causa da desobediência (Os 6.7), e o divórcio, por sua vez, representa o exílio a que o povo estava sentenciado por haver transgredido o mandamento do Senhor (Os 11.1-7).

3.3 Oseias vai novamente em busca de Gomer (Os 2.14-23; 3.1-5). O profeta tinha razões de sobra para não chamar a sua esposa de volta para si. No entanto, a voz divina o impele a convidá-la a regressar (Os 3.1) e ele a adquire por preço (Os 3.2). Como podemos ver, a insistência por parte do profeta em amar Gomer, ilustra o amor persistente de Deus com o povo de Israel, que, embora houvesse pecado, caso se arrependessem, Deus os tornaria a receber porque estava disposto a renovar a aliança quebrada (Os 6.1-3). Aqueles que foram chamados Lo-Ruama (desfavorecida) agora seria Ruama (favorecida) e Lo-Ami (não-meu-povo) seria Ami (meu povo) (Os 2.1,23).


IV – PROMESSA ESCATOLÓGICA DE RESTAURAÇÃO
O Reino do Norte havia resistido aos fortes apelos de Deus por intermédio do profeta a reconciliação, o que resultou numa sentença amarga: o cativeiro pela Assíria em 722 a.C (Os 11.7). Tendo rejeitado a correção, estavam sendo destruídos pela “falta de conhecimento” (Os 4.6) e por esquecer de Deus (Os 2.13). No entanto, a promessa divina aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, de fazer uma aliança perpétua com eles e com seus descendentes, era a garantia de que o castigo não duraria para sempre (Os 1.10; Gn 22.17). Deus havia pronunciado o julgamento através do profeta (Os 2.6-13), porém, também anunciou a sua restauração, e que o Senhor graciosamente perdoaria a nação perversa e com paciência a atrairia para si (Os 2.14). Suas palavras finais ao povo são de esperança e não de julgamento (Os 14.4-8). O apóstolo Paulo também fez referência a essa restauração (Rm 11.25-32).


V – A ATUALIDADE DA MENSAGEM DE OSEIAS PARA A IGREJA
A mensagem da graça redentora está no coração do livro de Oseias (Os 4 a 14). O Novo Testamento destaca esse tema e cita os textos que esclarecem o significado do evangelho. Os apóstolos falam dos gentios como o “não povo” que se torna o povo de Deus e encontra a misericórdia salvadora (I Pe 2.10; Rm 9.25,26). Embora originalmente a maioria das profecias de Oseias tenham sido direcionadas ao povo de Israel, existem princípios nela contidos que servem de ensino para a Igreja de Cristo ainda hoje, tais como: Deus reprova o orgulho (I Tm 3.6; Tg 4.6); a idolatria (Mt 10.37; Lc 16.13; I Co 10.14; Gl 5.20; Cl 3.5; I Jo 5.21); e a amizade com o mundo que é vista como adultério (Rm 12.2; I Jo 2.15; Tg 4.4), pois requer que todos os seus servos O sirvam com fidelidade, obediência e santidade (Mt 7.21; I Tm 4.10; I Ts 4.3,4,7).

CONCLUSÃO
Como vimos, o relacionamento entre Oseias e Gomer descrito no livro deste profeta, serve de pano de fundo para retratar a infidelidade de Israel na aliança com Deus. Ainda assim, Deus, apesar de punir a nação, não a rejeita, mas mostra-se grandemente amoroso convidando-os ao arrependimento e prometendo-lhes restauração (Os 14.1-4). Ainda aprendemos que o conteúdo do livro traz para a Igreja de Cristo, valiosos ensinamentos que permanecem como doutrina, a fim de que permaneçamos vivendo em pureza e conservando a aliança com Cristo feita com seu próprio sangue (Mt 26.28; Hb 7.22).

REFERÊNCIAS
• GARNER, Paul. Quem é quem na Bìblia Sagrada. VIDA
• ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
• SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. CPAD.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD

Que Deus continue lhes abençoando
Rui Lima

sábado, 23 de fevereiro de 2013

HINOS ANTIGOS MAIS MUITO BONITOS !!!

 
 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

COMPAIXÃO PELOS CAÍDOS


“No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite.  Havia muitas lâmpadas no cenáculo onde estávamos reunidos.  Um jovem, chamado Êutico, que estava sentado numa janela, adormecendo profundamente durante o prolongado discurso de Paulo, vencido pelo sono, caiu do terceiro andar abaixo e foi levantado morto.  Descendo, porém, Paulo inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, que a vida nele está.  Subindo de novo, partiu o pão, e comeu, e ainda lhes falou largamente até ao romper da alva. E, assim, partiu.  Então, conduziram vivo o rapaz e sentiram-se grandemente confortados.” Atos 20:7-12


O apóstolo Paulo estava no cenáculo, lugar separado para o culto de despedida, na cidade de Filipos, em Macedônia, em sua terceira viajem missionária. A igreja estava lotada, ficava no terceiro andar de um prédio que fora escolhido para o culto. Era um momento  esperado pois o apóstolo passaria as últimas recomendações para aquela amada igreja.
Acompanhando Paulo, discípulos de diversas regiões se faziam representar:  Timóteo, Sótrapo, Aristarco e Secundo de Tessalônica, Gaio, de Derbe, Tíquico e Trófimo, da Ásia. Estava também o médico e discípulo Lucas, o historiador que narra essa bela passagem. Foi um encontro marcante, cheio de muitas emoções, despedidas, choros, abraços fraternais, consolos e muitas recomendações pastorais.
O cenáculo ficou repleto de ouvintes, alguns curiosos, outros muito atentos, gente sentada, em pé, encostadas nas paredes, mal dava para se mexer. A fumaça provinda das lâmpadas dava aquele ar de densidade, de trevas e escuridade na parte superior do local.
Paulo pregava com  voz mansa de mestre, ensinando aos novos cristãos as doutrinas de Cristo e a permanecerem firmes com Deus em sua trajetória de vida. Ensinava que os que queriam viver em Cristo Jesus passariam por muitos sofrimentos, mas que era necessário perseverança para completar a carreira cristã. O discurso se prolongou e já era próximo à meia-noite quando houve um barulho de uma queda. O povo começou a gritar: “ Alguém caiu!!! Meu Deus!!! Acode o homem!!!” “Outro gritou: ele morreu!!!”

UM JOVEM CHAMADO ÊUTICO
Êutico significa literalmente: “afortunado”, este jovem crente estava no culto de despedida de Paulo. Ele  gostava de sempre  sentar-se nos fundos, bem atrás. Nesse dia, havia sentado na janela para participar do culto, achou um lugar bem inadequado para  escutar a Palavra: na janela do terceiro andar. A primeira observação que vemos aqui é que Êutico, era jovem. Faz parte da índole de muitos jovens, conviver com o perigo, e não se importarem muito com o que pode  acontecer de mal com a  vida, relativizam os perigos e muitas vezes terminam  em apuros.
Conta-se que uma grande empresa de caminhões fez um teste para contratar motoristas. Chamou o primeiro candidato que tinha  25 anos de idade e perguntou: “Se você fosse passar perto de um abismo, com quantos metros conseguiria passar do abismo sem tombar o caminhão?” O moço prontamente respondeu: “com dois metros de distância.” O entrevistador disse: “muito bem, aguarde o resultado do teste”. Chamou o segundo candidato, um senhor de mais de trinta anos de profissão e já bastante amadurecido em idade e fez a mesma pergunta, no que ele respondeu, depois de pensar um pouco: -“passaria o mais longe possível do abismo.” O entrevistador respondeu: “você está contratado”. O mais jovem foi dispensado.
Muitos crentes  estão assim, brincando com o perigo, ficando em lugares perigosos, e dormindo profundamente enquanto se está pregando palavras preciosas que poderiam salvar sua vida. A sonolência tem tomado de contas de muitos em nossas igrejas. “Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.” Efésios 5:14

A Bíblia diz que Êutico foi: “vencido pelo sono, caiu do terceiro andar abaixo e foi levantado morto.” Ou seja, ele foi dominado por uma força superior: “o sono,” “ e caiu” O sono mata, têm matado muitos, e vai matar aqueles que se deixam dominar por ele. “E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos.  Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz.  Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedeiras, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes;  mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências. “ Romanos 13:11-14
A Bíblia também fala que ele caiu do terceiro andar. Podemos aplicar isso a graus de vida e de conhecimento cristão. Não importa o lugar, a posição em que você se encontra, ou o tempo de crente que você tenha, temos que estar alerta, o perigo é constante.
A janela é lugar de distração e os olhares externos desviam da palavra pregada, quem está assentado na janela da vida, pode até receber uma boa brisa de fora, mas se não vigiar pode cair e morrer. Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem.” Lucas 21:36
Quando a Bíblia nos diz que a palavra estava sendo pregada até por volta de meia-noite,  “…exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite.” lembramos de outro texto de Mateus 25:1-10 que diz que dez virgens adormeceram por volta de meia- noite, e ouvindo a convocação do noivo, Jesus, que veio chamar sua igreja. Só cinco estavam preparadas devidamente. A porta se fechou e cinco delas não puderam entrar onde Jesus estava, pois não cumpriram as exigências que Cristo pede: Óleo da unção, vida consagrada no altar do Altíssimo.
O primeiro passo importante que se deve fazer é  afastar-se de lugares que oferecem perigo, e ficar atentos nas palavras proféticas que continuam sendo ministradas; e não dormir como muitos infelizmente estão fazendo.  “Infiéis, {Infiéis; no original, adúlteras, isto é, os que são desleais para com Deus} não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tiago 4:4

UM HOMEM CHAMADO PAULO
O que fazer quando um irmão cai? O que fazer quando o irmão vencido pelo sono do pecado despencar de sua posição na vida cristã e morrer?
É muito fácil criticar ou colocar a responsabilidade em outros, eximindo-se daquilo que podemos fazer. É muito mais fácil julgar: “ Quem mandou sentar na janela?” “ “Mas olha onde ele foi sentar?” “Só quem quer cair é que fica sentado ali”. “ Jovem é assim mesmo, não sabe o perigo”. “ Mas como ele pode ter dormido, no sermão do apóstolo Paulo?”. “ Meu Deus e meu Pai, só o sangue!” “ Bem feito ele merecia”. “ “Também ele só queria ficar lá nos fundos da igreja.”
Paulo, talvez o mais afetado por essa negligência e desatenção de Êutico, nos ensina que a compaixão e a misericórdia pelos caídos, devem ser a principal força a mover os nossos corações.

Importantes lições de compaixão aprendemos com Paulo:
1º) Os caídos têm primazia no socorro. (Ele pára a pregação e vai à busca do caído). “Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores {ao arrependimento}.” Mateus 9:12,13

2º) Pessoas são mais importantes que seus atos. (Paulo, não julga o jovem em sua distração, muito mais importante do que o pecado ou erro, é salvar o pecador da morte.) “Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.” Lucas 15:7

3º) Para buscar os caídos temos que descer de onde estamos. “Descendo, porém, Paulo…” (Paulo, desceu do terceiro andar, onde estava.) Não importa que posição temos, ou nível de espiritualidade que estamos, ou cargo que exercemos, temos que descer para ir ao encontro dos caídos.

4º) Inclinar-se e abraçar os caídos,Paulo inclinou-se sobre ele e, abraçando-o”, (abraçar e inclinar-se demonstra uma participação mais efetiva para uma boa recuperação e também evidencia atitudes concretas de amor e  misericórdia).

5º) Profetizar vida aos mortos.Não vos perturbeis, que a vida nele está.” (Paulo, não era fatalista, era homem de fé, e profetizou vida a Êutico.) Quantas pessoas caídas precisam de palavras de vida, para acordarem de seu sono de morte? “Então, ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam.  Profetizei como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso. Ezequiel 37: 9,10

6º) Depois do milagre da ressurreição (Êutico) vem o partir do pão, a ceia do Senhor. Subindo de novo, partiu o pão, e comeu, e ainda lhes falou largamente até ao romper da alva. E, assim, partiu”.
Nada pode impedir que a Palavra seja pregada, nada pode impedir a comunhão dos santos, mas o maior milagre a fazer é primeiramente  é promover ressurreição aos caídos, para que também possam participar da ceia do Senhor junto com a igreja.

7º) A alegria do milagre da vida e da salvação. “Então, conduziram vivo o rapaz e sentiram-se grandemente confortados.”
A genuína alegria brota na igreja, quando os pecadores são resgatados, quando a vida ressurge da morte, quando as trevas são dissipadas, quando a sonolência de alguns é eliminada, quando o milagre da ressurreição se torna comum em nosso meio.
A o amor às almas perdidas, aos que foram paralisados pelos embates da vida, ao que ficou sem força de levantar-se após a derrota em batalhas é fundamental para que muitos que se deixaram o congregar e perderam o primeiro amor retornem ao templo e participem novamente do banquete que é oferecido aos  filhos de Deus, na casa do Pai.
Paulo nos ensina que a compaixão e a misericórdia ao próximo se exercem na prática do cotidiano, mesmo que para isso precisem parar nossos afazerem para prestar socorro àqueles que precisam.

Que Deus Continue lhes Abençoando!!!
Rui Lima

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

COMO FLEXAS NA MÃO DO GUERREIRO !!!

“Como flechas na mão do guerreiro, assim são os filhos da mocidade. Feliz o homem que enche deles a sua aljava; não será envergonhado, quando pleitear com os inimigos à porta.” SL 127:4 –5

Deus fez suas escolhas, elegeu um povo seu “I Pedro 2;9”, aperfeiçoou com a destreza de um artesão de joias, deu-lhes qualidades imensuráveis que provém de uma fonte inesgotável, concedeu todo poder para pisar na cabeça das serpentes, repreender o devorador , curar, fazer milagres e derrotar o inimigo mas por todas as nossas ocupações diárias e sedentárias impedem que algo diferente aconteça em nossas vidas.

Quero neste momento citar de três fatores importantes em uma batalha "FLECHAS, ALJAVAS E O GUERREIRO".

A FLECHA
Quando lemos “Como Flechas na mão do Guerreiro”, Deus  está lhe dizendo “Você é meu e vou te usar”, as flechas são os próprios filhos de Deus, sendo Deus o próprio artífice e construitor desta obra maravilhosa, as flexas devem ser feitas com material diferenciado, resistentes as mais árduas situações que seu inimigo a imporá, ágil, forte, reto e com um adorno de pena direcionando seu caminho.
O objetivo da flecha é único "O ALVO", ela deve sempre ser direcionada para o alvo, pois quando direcionada para outros caminhos o estrago chega a ser devastador e mortal, atingindo inocentes, ferindo coadjuvantes de sua história e não atingindo o objetivo final.

ALJAVA
A aljava permite o transporte de grande quantidade de flechas, além de possibilitar ao arqueiro municiar-se com rapidez e facilidade. Como uma mochila atual, possui uma correia ou cinta com a qual é pendurado ao lado ou nas costas.
Com sua posição nas costas permite ao arqueiro pegar as flechas sem a necessidade de gestos bruscos que chamariam a atenção do inimigo, propiciando agilidade e  cuidado ao mesmo tempo.
 

O GUERREIRO
Este tem o papel principal e em tempo oportuno busca em seu inimigo suas falhas, intenções e ações "O inimigo veio para roubar, matar e destruir, mas Eu vim para dar vida e vida com abundância" Jo 10;10, e quando se depara com seu inimigo, para estaticamente por um instante todos seus gestos , olha o alvo e decide acabar com suas ações, então ele pega seu arco e sem tirar os olhos do inimigo leva a mão até as costa onde está a Aljava repleta de lanças, e pelo toque dos dedos Ele escolhe uma flecha que já conhece e a retira da aljava e lentamente levando em direção ao arco, caprichosamente a ajeita na mira, estica ao máximo a corda que irá lançar a flecha, neste momento necessita de todas as forças para acertar seu alvo e atira em direção ao inimigo.

CONCLUSÃO
Portanto seu inimigo já começa a batalha derrotado, ele não conhece as estratégias do Guerreiro em seu favor que usará todas as qualidades divinas e imultáveis e não o deixando sozinho nesta batalha, o Deus do impossível está ao seu lado e é o Único que sabe o fim antes do começo.

Que Deus continue lhes abençoando !!!
Rui Lima

sábado, 2 de fevereiro de 2013

DEUS NÃO DESISTIU DE SEUS SONHOS !!!


José, filho de Israel, também conhecido como José do Egito, é um exemplo para todos nós do caráter de quem conhece a Deus.

José sabia falar a linguagem dos sonhos. Por isso, Deus se revelou a ele e lhe confidenciou o seu futuro. Um futuro de prosperidade no qual até os seus pais e seus irmãos se inclinariam diante dele. Por ser um filho justo e íntegro diante do seu pai, José foi perseguido pela inveja dos seus irmãos. Teve por isso sua túnica de várias cores, símbolo de autoridade, roubada e manchada de sangue para que seu pai pensasse que ele havia morrido. Apesar disto, José possibilitou que a história de Israel fosse uma história de glória e libertação. A história de José nos ensina sobre a fidelidade dos sonhos de Deus, que quando são implantados em nosso coração superam os reveses e transformam a nossa história.


I.Deus nos fala através de sonhos
Há sonhos da alma e sonhos do Espírito. Os sonhos da alma se dividem em psicológicos e os da ansiedade humana natural. Os sonhos psicológicos são os afetivos e aqueles que são da necessidade de extravasar que a nossa alma tem. Por exemplo: se alguém viveu um trauma ou está com saudades de alguém, provavelmente sua mente gerará imagens confusas relacionadas a essa afetividade contida. Os sonhos da ansiedade humana natural são aqueles gerados por desejos, vaidades, ambições ou mesmo virtudes humanas nobres. Por exemplo: ter uma boa família, uma nação próspera, segurança, etc.

Os sonhos do nosso espírito podem ser gerados pelo Espírito de Deus – por outro lado há sonhos que são gerados por opressão maligna. Os sonhos que vêm do Espírito podem vir para avisar, profetizar ou inspirar uma ação ou aproximação maior de Deus. José, também, chamado de sonhador pelos seus irmãos, teve experiências tremendas em matéria de sonhos (a história de José encontra-se no livro de Gênesis, capítulos 37 a 50).


II.Devemos compartilhar os sonhos de Deus com quem entende essa linguagem
Os irmãos de José, e até seu próprio pai o criticaram quando ele sonhou que um dia sua família se inclinaria diante dele. Anos mais tarde isso aconteceu literalmente pois ele se tornou governador de todo o Egito e livrou sua família da fome e da morte. Antes disto, porém, seus irmãos tiveram inveja e por pouco não o mataram.

Existem pessoas que se dizem nossas irmãs e que são verdadeiras assassinas dos sonhos que Deus coloca em nossos corações. Precisamos estar atentos e velar pela profecia que o Senhor nos ministrou: os sonhos de Deus jamais morrerão em nós, pois não deixaremos que o Espírito de Deus seja extingo em nosso ser: “Não extingais o Espírito” (I Ts 5.19). Só compartilhe os seus sonhos com quem está em aliança ou sob orientação do Espírito Santo.


III.Não podemos dar lugar à vaidade em nossos sonhos
O entusiasmo do sonhador pode soar como arrogância aos ouvidos de quem não está atento a esta linguagem. Quando dizemos que estamos salvos, por exemplo, alguns religiosos nos acham orgulhosos pois para eles a salvação vem por merecimento pessoal e isso significa que estaríamos nos gloriando com esse mérito que seria nosso. Eles não compreendem que “pela graça” somos salvos (Ef 2.8,9). É essa mesma graça que nos aproxima dos sonhos de Deus. É como diz o apóstolo Paulo: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nossa parte” (II Co 4.7).

Os sonhos são de Deus, mas nunca poderemos esquecer que os vasos de barro somos nós. Deus engrandecerá o nosso nome na realização dos Seus sonhos, como disse a Abraão, mas será o Nome do Senhor Jesus que será glorificado (Gn 12.2; Gl 3.29).

IV.Os sonhos de Deus exigem níveis sobrenaturais de cura
José sonhou e os seus sonhos se realizaram. Chegaram a prosperidade e o governo para ele. Agora os seus irmãos, que não acreditaram, os que invejaram e até almejaram mata-lo, agora dependiam dele para sobreviver. O que fazer?

José teve que ter um novo nível de encontro. Um encontro de renovação de aliança. Um encontro de rasgar o coração, de gritar e chorar a ponto de ser ouvido por muitos (Gn 43.30; 45.2). Agora sim, ele estava pronto para governar em paz. Deus curou sua alma e fortaleceu o seu sonho.


V.Os sonhos de Deus para nós são para esta vida e para a eternidade
Há pessoas que só se preocupam com o que vão comer no dia seguinte; são desprovidas de sonhos. Temos que passar pela vida com a visão de que a vida é eterna e que as sementes que plantamos hoje colheremos nos próximos 5, 10, 20, 40 anos e na eternidade.

Não devemos ser ansiosos e viver apavorados com o dia de amanhã. Jesus disse que o dia de amanhã cuidará de si mesmo (Mt 6.34). O sonhador sempre irá colher nos anos futuros o que está semeando hoje. José passou por apertos, injustiças e até prisões, mas seus sonhos foram suficientes para que até seus ossos passassem 400 anos no Egito, atravessassem o deserto com Moisés, por 40 anos, e fossem enterrados na Terra Prometida, com Josué,Pela fé José, estando próximo o seu fim, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos... (Hebreus 11.22)”

Isso é que é visão! Ele desfrutou da prosperidade dos seus sonhos em vida, mas nem a morte fez os seus sonhos pararem e semear boas sementes. Esse é o Espírito da Visão de Cristo em nós. Aleluia!

Somos uma geração de sonhadores. Vamos construir uma cultura de sonhos realizados na unção do Espírito.

Que Deus continue lhes abençoando !!!
Rui Lima

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O SERMÃO DO MONTE: AS BEM-AVENTURANÇAS

A palavra bem-aventurados refere-se ao estado abençoado daqueles que, por seu relacionamento com Cristo e a sua Palavra, receberam de Deus o amor, o cuidado, a salvação e sua presença diária (MATEUS 5:1-12).
Existem certas condições necessárias para recebermos as bênçãos do reino de Deus. Para recebê-las, devemos viver segundo os padrões revelados por Deus nas Escrituras, e nunca pelos padrões do mundo.
Vejamos hoje a noite alguns desses padrões que nos são revelados nos primeiros versículos do SERMÃO DO MONTE (1-12).
1º) HUMILDADE (5:1-3) – O que significa ser humilde?
1. Virtude que nos dá o sentimento de nossa fraqueza.
2. Modéstia.
3.Demonstração de respeito, submissão. - Antônimo: Orgulho
Antes de falarmos sobre humildade, vamos estudar um pouco o que é orgulho e que mal ele pode trazer ao homem.
Em primeiro lugar devemos reconhecer que uma pessoa orgulhosa é cheia de si mesma, não deixa que ninguém tome seu lugar no tempo e no espaço em que ela habita.
O orgulhoso é aquele que não dá seu braço à torcer, está sempre com razão e não se reconhece a si mesmo como pessoa comum capaz de erros e acertos.
O orgulhoso não anda para frente, pois se achando sabedor e conhecedor de todas as coisas, não abre espaço em si mesmo para a entrada do novo. Na verdade o orgulhoso está preso em uma teia que ele mesmo teceu, e seu coração está endurecido. Ele na verdade é um presunçoso.
Vamos ver o que a Bíblia nos diz acerca do orgulho.
Salmos: 10:2 Os ímpios, na sua arrogância, perseguem furiosamente o pobre. Sejam apanhados nas ciladas que maquinaram.
I João: 2:16 Pois tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.
Provérbios: 21:4 Olhar altivo e coração orgulhoso, a lâmpada dos ímpios, é pecado.
Romanos: 12:16 Sede unanimes entre vós. Não ambicioneis as coisas altivas, mas acomodai-vos às humildes. Não sejas sábios em vós mesmos.
Veja também: Provérbios: 3:7, 26:12, 11:2, 16:18 – Salmos: 73:6, 119:21 – Oséias: 7:10 – Habacuque: 2:4
Exemplos Bíblicos de orgulho:
Faraó
Êxodo: 5:2 Mas Faraó respondeu: Quem é o Senhor para que eu ouça sua voz, e deixe ir à Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei Israel partir.
Naamã
II Reis: 5:11 Porém Naamã indignou-se muito, e se foi, dizendo: eu pensava que ele certamente sairia, pôr-se-ia em pé, e invocaria o nome do Senhor seu Deus, agitaria a mão sobre o lugar infectado e me curaria da lepra.
Veja também: Uzias(2Cr26:16), Ezequias(2Cr32:25), Hamã(Et3:5), Nabucodonosor(Dn4:30) Belsazar(Dn 5:23)
Orgulho espiritual, exemplos:
Jó 33:9 Estou limpo, sem pecado; sou puro e livre de culpa.
Lucas: 18:11 O fariseu, posto em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este cobrador de impostos.
Apocalípse: 3:17 Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta. Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu.
Veja também: João: 9:41, 1 Coríntios: 4:18

Concluímos que Deus não se agrada do homem e da mulher orgulhosos e presunçosos.
Já a pessoa humilde, ou pobre de espírito, é aquela que reconhece a sua total falta de auto-suficiência espiritual. Reconhece que precisa e depende do Espírito Santo, do poder de
Deus e da graça de Deus para poder herdar a vida eterna.
Toda pessoa orgulhosa se acha humilde.
A falta de humildade, é a falta de reconhecer que é uma pessoa orgulhosa e que precisa se arrepender de seus pecados e pedir perdão a Deus.
Se você é uma pessoa humilde, nunca vai se achar melhor do que os outros. Nunca vai querer pisar os outros. Nunca vai querer humilhar as pessoas.
Jesus foi o nosso grande exemplo de humildade, vejamos João 13:1-17.
Você se considera uma pessoa humilde?
A grande promessa para aqueles que realmente são humildes de coração é: “Porque deles é o Reino dos Céus”.
2º) OS QUE CHORAM (5:4) Aqui, chorar é contristar-se profundamente por causa das nossas próprias fraquezas quando nos medimos com o padrão divino de justiça. Tente comparar a sua vida espiritual com a vida de Jesus. O que você senti ? Não dá vontade de chorar ? Choramos, porque por mais que tentamos e buscamos ser como ele é, percebemos que sempre deixamos algo a desejar.
Esse choro é o choro do arrependimento, do quebrantamento diante de um Deus que é santo.
Não compare a sua vida espiritual com a vida de outros irmãos que estão na mesma situação que a sua. Isso demonstra a sua total falta de humildade. Não seja como o Fariseu.
Chorar com os que choram, é também sentirmos pesar por aquilo que entristece a Deus. É ter nossos sentimentos em sintonia com os sentimentos de Deus. É sentir aflição em nosso espírito por causa do pecado, da imoralidade e da crueldade prevalecentes no mundo.
Quando você faz uma visita a pessoas pobres e necessitadas e ver ali a profunda necessidade dessas pessoas. Isso dá vontade de chorar por perceber como este mundo é injusto. Poucos com muito, e muitos com tão pouco.
A recompensa sobre aqueles que estão chorando por causa de seus pecados e por causa do pecado e desgraça desse mundo é: “Serão Consolados”.
3º) OS MANSOS (5:5) Os mansos são os humildes e submissos diante de Deus. Acham em Deus o seu refúgio e lhe consagram todo o seu ser.
Preocupam-se mais com a obra de Deus e o povo de Deus do que com aquilo que lhes possa acontecer pessoalmente.
Os mansos, e não os violentos, herdarão por fim a terra.
No sermão do monte Jesus nos ensina a sermos mansos, assim como ele foi aqui na terra: Mateus 5:38-48. Não tem como fugir, se somos ou queremos ser discípulos de Jesus, temos que procurar seguir e obede3cer a sua Palavra.
Aos verdadeiros mansos, a promessa de Deus, diz: “Eles herdarão a terra”.
4º) FOME E SEDE DE JUSTIÇA (5:6) Este é um dos versículos mais importantes do Sermão do Monte. (1) A condição fundamental para uma vida santa em todos os aspectos é ter fome e sede de justiça (cf. 6.33).
Tal fome é vista em Moisés (Êx 33.13, 18), em Davi (Sl 42.1,2; 63.1,2) e no apóstolo Paulo (Fp 3.8-10). O estado espiritual do cristão durante toda sua vida dependerá da sua fome e sede da presença de Deus (Dt 4.29), da Palavra de Deus (Sl 119), da comunhão com Cristo (Fp 3.8-10), da justiça (5.6) e da volta do Senhor (2 Tm 4.8). (2) A fome que o cristão tem das coisas de Deus pode ser destruída pelas preocupações deste mundo, pelo engano das riquezas (13.22), pela ambição pelas coisas materiais (Mc 4.19), pelos prazeres do mundo (Lc 8.14) e por deixar de permanecer em Cristo (ver Jo 15.4 nota).
Quando a fome de Deus cessa no crente, este morre espiritualmente (ver Rm 5.21 nota). É então indispensável que sejamos sensíveis ao Espírito Santo ao convencer-nos do pecado (ver Jo 16.8-13; Rm 8.5-16). Aqueles que sinceramente têm fome e sede de justiça serão fartos .
5º) OS MISERICORDIOSOS Os misericordiosos estão cheios de compaixão e dó para com os que sofrem por causa do pecado ou de aflições. Os misericordiosos desejam minorar os sofrimentos, conduzindo os sofredores à graça de Deus por meio de Jesus Cristo (cf. 18.33-35; Lc 10.30-37; Hb 2.17). Sendo misericordiosos para com os outros, eles alcançarão misericórdia .
6º) OS LIMPOS DE CORAÇÃO Os limpos de coração são os que foram libertos do poder do pecado mediante a graça de Deus, e que agora se esforçam sem dolo para agradar e glorificar a Deus e serem parecidos com Ele.
(1) Procuram ter a mesma atitude interior que Deus tem amor à justiça e ódio ao mal (ver Hb 1.9 nota). Seu coração (que inclui a mente, a vontade e as emoções) está em harmonia com o coração de Deus (1 Sm 13.14; Mt 22.37; 1 Tm 1.5; ver o estudo O CORAÇÃO).
(2) Somente os limpos de coração verão a Deus . Ver a Deus significa ser seu filho e habitar na sua presença, tanto agora como no seu reino futuro (Êx 33.11; Ap 21.7; 22.4).
7º) OS PACIFICADORES Os pacificadores são aqueles que se reconciliaram com Deus. Têm paz com Ele mediante a cruz (Rm 5.1; Ef 2.14-16). E agora se esforçam, mediante seu testemunho e sua vida, para levarem outras pessoas, inclusive seus inimigos, à paz com Deus.
8º) PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA Todos que procuram viver de acordo com a Palavra de Deus, por amor à justiça sofrerão perseguição.
(1) Aqueles que conservam os padrões divinos da verdade, da justiça e da pureza e que, ao mesmo tempo, se recusam a transigir com a presente sociedade pecaminosa e com o modo de vida dos crentes mornos (Ap 2; 3.1-4,14-22) sofrerão impopularidade, rejeição e críticas. O mundo lhes moverá perseguição e oposição (10.22; 24.9; Jo 15.19) e, às vezes, da parte de membros da igreja professa (At 20.28-31; 2 Co 11.3-15; 2 Tm 1.15; 3.8-14; 4.16). Ao experimentar tal sofrimento, o cristão deve regozijar-se (5.12), porque Deus outorga a maior bênção àqueles que sofrem mais (2 Co 1.5; 2 Tm 2.12; 1 Pe 1.7; 4.13).
(2) O cristão deve precaver-se da tentação de transigir quanto à vontade de Deus, a fim de evitar a vergonha, a ridicularizarão, o constrangimento, ou algum prejuízo (10.33; Mc 8.38; Lc 9.26; 2 Tm 2.12). Os princípios do reino de Deus nunca mudam: Todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições (2 Tm 3.12). A promessa aos que enfrentam e suportam perseguições por causa da justiça é que dos tais é o reino dos céus.
1) Humildade.
2) Os que choram.
3) Os mansos.
4) Os que tem fome e sede de justiça.
5) Os misericordiosos.
6) Os limpos de coração.
7) Os pacificadores.
8) Os perseguidos por causa da justiça.
Que Deus continue lhes abençoando!!!
Rui Lima